Transformar a ideia do vidro ultrafino em realidade

A tesa está desenvolvendo novas tecnologias de fixação para o KONFEKT, um inovador consórcio de pesquisa do setor para produtos eletrônicos flexíveis.

Imagine um smartphone que se dobra como uma carteira para caber no bolso, mas que se abre para revelar uma tela do tamanho de um tablet. Parece algo saído de um filme de ficção científica? Os fabricantes de vidro já estão produzindo um vidro ultrafino curvável e afirmam que o vidro dobrável é uma realidade iminente. Com uma espessura ínfima de 25 micrômetros, o vidro ultrafino é mais fino do que um fio de cabelo e, em espessuras ultrafinas de menos de 150 micrômetros, este vidro é comprovadamente curvável e, mesmo assim, mantém a estabilidade. Devido à sua flexibilidade, pode ser enrolado em rolos.

Quando comparado com outros materiais de substrato, como plásticos, metais ou silicone, o vidro ultrafino oferece grandes vantagens, incluindo qualidade ótica superior, resistência mecânica, consistência química e estabilidade térmica.

De forma a desenvolver novas tecnologias para a utilização de vidro em rolo em produtos eletrônicos orgânicos, a tesa juntou-se a outros parceiros de desenvolvimento no projeto de consórcio KONFEKT, com ênfase inicial na produção de futuras gerações de aplicações OLED.

O projeto de desenvolvimento colaborativo KONFEKT (vidro fino para laminados de polímero-vidro) tem o apoio do Ministério Federal da Educação e Pesquisa alemão com um investimento total de 5,6 milhões de euros e ocorrerá durante o ano de 2018. O objetivo principal é produzir vidro em rolo, que satisfaça os mais elevados padrões de qualidade possíveis, de forma a criar um vidro em rolo robusto e muito resistente, que mantenha sua área de superfície funcional durante os processos de revestimento e laminação. Assim, os parceiros participantes, tesa SE, SCHOTT, VON ARDENNE e Instituto Fraunhofer para eletrônica orgânica e tecnologia de feixe de elétrons e plasma FEP estão concentrados na otimização que permita evitar quaisquer quebras do vidro ultrafino durante o enrolamento ou processamento.

No consórcio de pesquisa, os quatro parceiros estão concentrados em duas funções do vidro fino: a primeira função baseia-se no desenvolvimento de um laminado feito de vidro ultrafino com uma fita adesiva de barreira, que servirá como elemento de encapsulamento hermético de componentes eletrônicos. A segunda função terá foco nas formas como o vidro pode servir como um substrato funcional para aplicações exigentes, tais como componentes para eletrônica orgânica.

Os primeiros resultados do projeto já foram apresentados pelos parceiros na Vision Flexible Glass, um evento de tecnologia e networking internacional em abril de 2017, no Fraunhofer FEP em Dresden, Alemanha.

No primeiro subprojeto, a tesa e a SCHOTT estão desenvolvendo um vidro flexível que permite o encapsulamento de material sensível e que melhora substancialmente os processos de rolo a rolo (R2R). Simultaneamente, a VON ARDENNE está desenvolvendo um sistema de revestimento a vácuo, especificamente para o revestimento rolo a rolo de vidro flexível. O desenvolvimento do processo referente à deposição de camadas funcionais com este sistema inovador está a cargo do Fraunhofer FEP.